Eventuais imparidades não declaradas na Caixa Geral de Depósitos (CGD) voltam a assombrar o banco público. A denúncia foi feita pelo Ministério Público (MP) que suspeita de favorecimento na concessão de créditos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) a empresários, cujas imparidades alcançam 1401,1 milhões de euros, com uma exposição que será «bastante superior».
O Governo reagiu pela voz do secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Mourinho Félix, ao afirmar que as eventuais imparidades não declaradas na Caixa Geral de Depósitos (CGD) no «passado» devem ser apuradas e investigadas, «se houver de facto ocultação de informação». Ainda assim, garante que foi feito um trabalho «de grande detalhe» nesta matéria pela equipa de António Domingues e, mais tarde, pela equipa de Paulo Macedo.
Em causa, segundo o MP, estarão atos de «gestão danosa», durante três mandatos: Santos Ferreira, Faria de Oliveira e José de Matos. Ou seja, entre 2007 e 2016 e terá havido «uma deficiente análise de risco» e «negligência na observância dos níveis prudenciais adequados» por parte da gestão.