Chloe King, de 30 anos, diz que uma assistente de bordo à chamou à parte, fazendo-lhe sinal para se dirigir à traseira de um voo entre Nova Iorque e Paris, e que, faltando pouco tempo para o avião aterrar, a informou que o passageiro sentado ao seu lado no avião a masturbar-se enquanto ela dormia. Indignada, a nova iorquina recorreu às redes sociais, acusando a equipa de bordo de nada ter feito para a proteger num post publicado no passado dia 9 de Julho.
"Nunca saberei o que se passou exactamente naquele voo, mas sei que não voltarei a sentir-me completamente segura quando estiver a bordo de um avião no futuro", escreveu King.
Foi uma mulher sentada ao lado do homem testemunhou aquele comportamento e mudou de lugar. Segundo King, a polícia francesa foi notificado em relação ao acto de masturbação de forma a deter o passageiro assim que o voo aterrasse em Paris.
Quando foi informada sobre o que se passara enquanto dormia, King, gestora de redes sociais de uma loja de luxo, logo manifestou o desejo de mudar de lugar, mas o pedido foi recusado. Assim, e apesar do seu transtorno, a tripulação obrigou-a a passar o resto da viagem sentada do lado da janela, com o homem imediatamente ao seu lado. "Estava a tremer e a chorar e a tentar não vomitar", contou King.
Após o avião aterrar na capital francesa, dirigiu-se ao serviço ao cliente da American Airlines e pediu para contactar os serviços legais da transportadora aérea. Passaram-se semanas antes de receber um email quanto ao "decepcionante serviço" que lhe tinha sido prestado.
No relato, a nova iorquina não especifica em que dia ocorreu o incidente, mas um porta-voz da empresa confirmou que King tinha viajado a bordo do voo 120 da American Airlines entre Nova Iorque e Paris no passado dia 24 de Maio.
À chegada, o homem que se masturbara foi detido pelas autoridades francesas, adiantou o porta-voz, não sendo ainda certo se, após o interrogatório, o homem foi alvo de alguma acusação.
O porta-voz da companhia aérea garantiu ainda que a "American faz sempre os possíveis para que a experiência de voo seja segura e cómodo para os seus passageiros. Estamos a rever a forma como lidámos com a situação neste voo e contactámos directamente a senhora King". No comunicado que a transportadora divulgou após a queixa de King ter causado indignação nas redes sociais lia-se ainda: "Durante o voo, a nossa tripulação pediu às forças de segurança francesas que viessem ao nosso encontro em Paris. Depois de aterrarmos, o passageiro foi interrogado pelas autoridades devido às alegações contra ele."
King está agora determinada em responsabilizar a companhia pela forma negligente como actuaou depois de ter sido informada do comportamento daquele passageiro. No post que publicou nas redes sociais, esclarece o que julga ter falhado em termos de precauções da parte da tripulação para protegê-la: "Aquilo que eles não fizeram foi acordar-me, mudar-me para um lugar seguro. O que eles não fizeram foi encontrar forma de acomodar o meu pedido – depois de ser informada do ataque – para me sentar noutro lugar. Ao invés disso, obrigaram-me a passar pelo agressor sexual, ficar presa entre ele e a janela o resto do voo. Estava a tremer e a chorar e a tentar não vomitar."
King prossegue: "American Airlines, sabias que o tinha acabado de acontecer foi um comportamento criminoso, por essa razão, tiveste a a iniciativa de mandar prender o passageiro e, no entanto, nada fizeste para impedir o comportamento do homem ou para proteger a minha segurança numa situação horrífica. Escolheste tratar o homem que acabara de cometer um crime com bem mais respeito do que a mulher inconsciente sentada ao seu lado. Como humanos, merecemos mais do que isto. Por isso, escolhamos outra companhia aérea".