Três medalhas para Portugal nos Europeus de Canoagem

Fernando Pimenta, Francisca Laia e Joana Vasconcelos foram os canoístas medalhados nos Europeus de Canoagem em Plovdiv, na Bulgária

Uma Salva de… palmas. Duas de prata. E para apimentar, logo a abrir, a de ouro… sobre o azul.  

Foi no passado sábado que o canoísta português Fernando Pimenta  revalidou o título europeu em K1 1.000 metros, nos Europeus de canoagem de velocidade, competição disputada em Plovdiv, na Bulgária. 

“Fantástico! Sem duvida que é um grande objetivo cumprido. Não era apenas revalidar o título, mas uma boa prestação, boas sensações, andar no grupo da frente”, disse Pimenta à agência Lusa, depois de ter vencido com um tempo de 03.29,032 minutos, deixando o dinamarquês Rene Poulsen e o húngaro Balint Kopasz a 1,080 e 1,304 segundos, respetivamente, na segunda e terceira posições.

“Sabia que havia atletas a arriscar tudo na parte inicial e tinha de ser mais forte. O húngaro e o belga tentaram vir a meu lado para quebrar o ritmo, mas eu impus um ritmo bastante forte. Chegar a metade e sentir que ainda havia energia e geri-la até à parte final foi muito bom. Deu para deixar os adversários aproximarem-se e voltar a subir nos últimos metros. Sem dúvida que é um objectivo e um sonho para qualquer atleta nesta especialidade”, acrescentou. 

Mas se uma medalha vale ouro, literalmente, duas medalhas ainda valem mais. Depois da conquista, Pimenta voltou a entrar na água, desta feita para disputar a prova de k1 5000 metros. Só o alemão Max Hoff, que precisou de 19.21,220 minutos foi mais eficaz que o atleta luso. Basicamente, 1,420 segundos separaram novamente o representante português do lugar mais alto do pódio, ficando assim em segundo lugar e com nova medalha. Agora, de prata. “Duas é sempre melhor do que uma”, escreveu nas redes sociais numa mensagem em que destacou a sensação de dever cumprido. “Boas provas, boas sensações e bons resultados. Seguimos o caminho com ambição, trabalho e a humildade que nos definem. Obrigado a todos que nos tem apoiado neste trajeto: família, amigos, patrocinadores, clube, federação e a todos os demais”.

Segue-se agora o Mundial, na República Checa, entre 23 e 27 de Agosto, competição que Pimenta considera “ser um sonho” e prova para a qual vai começar a trabalhar.  Com “os pés assentes no chão” promete não meter água. A final é uma ambição, títulos é tema quando se chegar à primeira parte da meta. “Agora quero descansar e recuperar o melhor possível para estar no meu melhor. Após essas duas finais, começamos a trabalhar para o Mundial. Vamos pensar primeiro em conseguir as finais e depois é que podemos sonhar com algo mais”, adiantou. “É o sonho de qualquer desportista, mas primeiro é preciso ter os pés bem assentes no chão. O nível da canoagem está muito alto”, rematou à agência Lusa.

A juntar às duas medalhas do canoísta de 27 anos, houve ainda a medalha de prata, alcançada também durante o dia de ontem, pela dupla portuguesa composta por Joana Vasconcelos e Francisca Laia em K2 200 metros. Vasconcelos e Laia percorreram a distância em 36,777 segundos, terminando a 0,250 das ucranianas Mariia Kichasova e Anastasiya Horlova, e com uma vantagem de 0,340 sobre as polacas Dominika Wlodarczyk e Katarzyana Kolodziejczyk, respetivamente segundas e terceiras classificadas.