Teve ontem início a temporada europeia para os clubes portugueses. Braga e Marítimo apresentaram-se pela primeira vez na versão oficial em 2017/18 e mostraram argumentos, pese os resultados que deixam tudo em aberto para a segunda mão desta terceira pré-eliminatória da Liga Europa. Os bracarenses, a jogar na Suécia, até entraram de forma triunfal. Aos 11 minutos já venciam, com um golo do reforço Raul Silva, central recrutado ao Marítimo que cabeceou fulgurante para o fundo das redes adversárias após canto de Pedro Santos. Mas o AIK, vice-campeão sueco na última temporada, rapidamente voltou ao jogo, empatando sete minutos depois num penálti a castigar uma falta absolutamente escusada de Pedro Santos sobre Ishizaki – que um dia, no popular simulador Championship Manager, chegou a ser apontado como a maior promessa do futebol sueco à frente de… Ibrahimovic. Na conversão, Sundgren empatou e assim ficou até ao fim: 1-1 – embora o AIK ainda tivesse tido uma bola no ferro e um golo anulado por fora de jogo. Neste particular, ficou também 1-1, pois o mesmo aconteceu ao Braga já em cima dos 90. Não é um resultado fantástico, mas deixa boas perspetivas aos bracarenses – se acabar 0-0 na segunda mão, agendada para 3 de agosto na Pedreira, são os homens de Abel a fazer a festa.
O resultado do Marítimo na Bulgária não é tão fantástico, mas também é positivo. Os madeirenses saíram da visita ao terreno do Botev Plovdiv com o mesmo 0-0 com que chegaram: marcar tinha sido perfeito; não sofrer também foi bom. Os homens de Daniel Ramos, sem ter grande domínio territorial, acabaram por criar algumas boas ocasiões, com destaque para duas tentativas de Ebinho já na segunda parte: uma saiu ao lado, enquanto a outra foi defendida pelo guardião búlgaro. Charles, porém, também passou por alguns calafrios, negando o golo a Nedelev também por duas vezes. As decisões seguem para o Funchal.
Milan de serviços mínimos Nos outros jogos do dia, o destaque óbvio vai para o Milan: de regresso à Europa após quatro anos ausentes, os Rossoneri confirmaram o favoritismo na visita ao terreno do Universidad Craiova, embora vencendo por um magro 1-0. O golo foi de um reforço, mas não André Silva – o avançado contratado ao FC Porto só entrou aos 66’ e não teve influência no desfecho do encontro. Foi Ricardo Rodriguez, lateral-esquerdo suíço, que fez o resultado na transformação de um livre lateral.
Quase todos os outros portugueses tiveram razões para sorrir. O Marselha, com Rolando no onze, venceu o Oostende, da Bélgica, por 4-2; o Zenit, de Luís Neto (titular), foi vencer por 2-0 ao terreno do Bnei Yehuda, de Israel; e o AEL Limassol, de Mesca (fez os 90’), arrancou um 0-0 na visita a Viena, perante o Áustria. Só o Apollon, de Bruno Vale e João Pedro (ambos titulares), saiu da deslocação à Escócia, onde defrontou o Aberdeen, com uma derrota: 2-1.