Um pequeno passo contra a miséria

Li no Jornal de Negócios que o governo vai começar esta terça-feira (1 de agosto) a enviar cartas aos pensionistas que recebem menos de 632 euros por mês, informando-os que serão extraordinariamente aumentados este mês. 632 por mês é uma miséria, e isto apesar de existirem em Portugal pensões na casa dos 200 euros. Mas…

Li no Jornal de Negócios que o governo vai começar esta terça-feira (1 de agosto) a enviar cartas aos pensionistas que recebem menos de 632 euros por mês, informando-os que serão extraordinariamente aumentados este mês.

632 por mês é uma miséria, e isto apesar de existirem em Portugal pensões na casa dos 200 euros. Mas centremo-nos no valor concreto que nos é apresentado: 632 euros por mês. Acha que conseguiria sobreviver com esse rendimento? Se sim, certamente com muitas dificuldades. Mas estou certo que muitos leitores destas linhas enfrentariam uma grande queda no seu nível de vida.

O que estamos então a fazer? Estamos a minorar a miséria. Mais uns euros por mês. Mas este, apesar de curto, é um passo na direção certa. E porquê só em agosto? Para não aumentar as despesas do Estado depressa de mais. É a prudência típica de Mário Centeno.

Pouco mais há para escrever. Este governo olha para a miséria existente no país com atenção e empenho contra a sua luta. Não são os trabalhadores dos transportes públicos de Lisboa a entrarem em greve, causando prejuízos a centenas de milhar de pessoas. Não, esta medida é mesmo para ajudar os miseráveis, os que são desprovidos de quase tudo, e que por vezes nem têm um cartão multibanco porque não o sabem usar.

O país está a atravessar uma boa conjuntura económica, com o PIB a aumentar e o desemprego a cair, ambos batendo as previsões mais otimistas de há seis meses atrás. Mas não nos enganemos quanto ao país que somos, e quanto às feridas que temos. Esta decisão do governo foi um pequeno passo na direção certa. Agora há que prosseguir. Se quiser e puder, pode ajudar pessoalmente fazendo voluntariado.