Quanto aos restantes partidos com assento parlamentar, o BE recolhe 8,4% das intenções de voto, a CDU 7,6%, o CDS 6,9%, e o PAN 1,1%.
Os portugueses parecem, pois, estarem algo contentes com este governo. A conjuntura económica ajuda: a economia cresce a um ritmo razoável (saberemos mais sobre este assunto dia 14), o desemprego desce mês após mês, o défice orçamental parece controlado, as contas com o exterior são excedentárias. Em termos económicos, o correspondente do Financial Times em Lisboa escrevia que Portugal sofria atualmente “uma tempestade de boas notícias”. E, claro, as sondagens refletem isso mesmo, com a subida do partido do governo e a descida do principal partido da oposição.
Se o PSD obtiver apenas 28% nas autárquicas de 1 de outubro, isso deverá ser insuficiente para manter Pedro Passos Coelho na liderança do PSD. Como primeiro-ministro, teve de tomar um conjunto de medidas impopulares para retificar a situação económica de Portugal. Conseguiu resultados importantes nesse capítulo, mas passava algumas vezes uma imagem de insensibilidade com o sofrimento das pessoas, o que talvez lhe tenha custado o lugar. Como líder da oposição, revelou-se um autêntico desastre.
28% não devem ser suficientes para o aguentar como líder do PSD. Mas, como ainda é novo, poderá sempre aspirar a uma ressuscitação política.