Advogado, maçom, brilhante orador e político destacado do liberalismo, após a sua morte foi alvo de homenagens de Norte a Sul do país, havendo ruas com o seu nome quer em Lisboa (Arroios), quer no Porto (entre os Aliados e Santa Catarina).
Passos Manuel chamava-se na realidade Manuel da Silva Passos – a troca resulta da forma como era designado na Câmara de Deputados, onde primeiro se anunciava o apelido, acrescentando-se depois o nome próprio para o distinguir do seu irmão mais velho, o também deputado José da Silva Passos. Inseparáveis, estiveram ambos exilados durante o reinado de D. Miguel, regressando ao Porto em 1832, ano em que se iniciou a guerra civil entre absolutistas e liberais.
Numa época de forte instabilidade política, marcada por várias revoltas (como a de setembro de 1836 ou a da Maria da Fonte, dez anos depois) Passos Manuel foi várias vezes ministro, incluindo ministro do Reino, cargo que ocupou apenas nove meses. Acabaria por se retirar para o Ribatejo, onde se dedicou à agricultura e terminou os seus dias.