Investir em arte. Negócio que exige cuidados redobrados

Investir em obras de arte implica não só dinheiro, mas também perícia. A fórmula é simpes: se as escolhas forem bem feitas, conte com ganhos garantidos a longo prazo. Caso contrário, arrisca-se a comprar “gato por lebre”

Há determinados pintores portugueses que são considerados uma espécie de “porto seguro” para quem pretenda colecionar ou investir em arte. Além da conhecida Paula Rego, nomes como Júlio Pomar, Almada Negreiros e Júlio Resende são vistos como boas apostas. Mas ter várias peças de arte de nomes sonantes não significa necessariamente que tem uma coleção valiosa. Mesmo os artistas mais conceituados passaram por fases menos brilhantes, por isso tenha tanta atenção à obra como tem ao artista.

E se em vez de comprar ações comprasse livros? O que é certo é que esta não é uma ideia descabida e tem vindo a ganhar mais adeptos. As primeiras edições são as mais valiosas. Por exemplo, as primeiras edições de Camões e Fernando Pessoa já valem milhares de euros. Mas este investimento não é assim tão simples. O estado de conservação dos livros condiciona a sua valorização. É essencial que esteja completo, sem páginas arrancadas e com a encadernação original. Se tiver dedicatória do autor ainda é melhor, pois faz subir o preço.

Já sabe: quanto mais raro for, mais valioso será. As antiguidades, por norma, representam um ativo com uma boa valorização, sobretudo se forem escolhidas. Mas nem tudo são facilidades: a oferta é cada vez mais pequena porque a maioria já foi comprada. Por norma, uma antiguidade tem mais de cem anos, mas precisa de ter outras potencialidades. É o caso, por exemplo, da qualidade ou do interesse da peça. Um objeto simples, mesmo que seja do século XIX, não significa que seja uma antiguidade. A verdade é que os antiquários também já viveram melhores dias, mas ainda assim, os principais continuam abertos. Recorrer aos leilões poderá ser a melhor forma de comprar ao melhor preço. O catálogo do leilão reúne os lotes que vão ser licitados em praça pública com as respetivas avaliações, o que lhe permite fazer comparações. Mas o ideal é visitar sempre a exposição que antecede o evento, pois assim consegue conhecer todas as peças e, desta forma, é possível estudar melhor o valor de cada uma.

As peças mais valiosas são acompanhadas de um certificado e o recibo é assinado por um perito ou pelo próprio leiloeiro. Para quem tem obras de arte em casa e pretenda rentabilizar algum dinheiro extra, o mais fácil é recorrer a leilões. A Cabral Moncada Leilões é uma das empresas mais conhecidas a atuar no mercado português e assegura um serviço de avaliação dos bens. De acordo com a mesma, a avaliação informal é gratuita e não implica qualquer obrigação de venda.