Um dia péssimo para os pessimistas

Ontem, 1 de setembro de 2017, foi um dia péssimo para os pessimistas sobre a evolução da economia portuguesa. Uma das quatro agências de rating cujas opiniões são tidas em conta pelo Banco Central Europeu, que por isso nos pode comprar a nossa dívida mantendo os nossos juros mais baixos, alterou favoravelmente a sua opinião…

Estas agências medem se a dívida de uma entidade é mais ou menos arriscada, exigindo por isso os credores taxas de juro mais elevadas se o devedor for mais arriscado, e taxas de juro mais reduzidas se o devedor for menos arriscado. A agência hoje em questão é a americana Moody’s, a qual aumentou a perspetiva de evolução para a dívida da República Portuguesa de “estável” para “positiva”, o que significa que a Moody´s vê como provável que, num prazo de 12 a 18 meses, a dívida portuguesa deixe de ser considerada como “lixo”. Sair do nível de “lixo” é importante porque muitos investidores estão impedidos de emprestar dinheiro a devedores que tenham esses níveis. Notações acima de “lixo” significam taxas de juro mais baixas.

Assim, segunda-feira de manhã, quando os mercados abrirem, a bolsa portuguesa vai subir e as taxas de juro de Portugal vão baixar. Vejam bem que não são só alguns portugueses a afirmarem que a situação económica do país está a melhorar; são também estrangeiros, os implacáveis americanos, que têm a mesma opinião.

O que indica que, apesar da imensidão dos problemas por resolver, de uma forma geral, estamos no bom caminho. Agora, falta determinação para continuar, e para não fazer disparates. Mas Centeno é um homem sensato. Não é à toa que é o ministro mais popular deste governo.