Os trabalhadores de dois restaurantes do McDonald's em Cambridge e Crayford, perto de Londres, decidiram organizar uma greve para reinvindicarem um salário mínimo de 10 libras por hora (perto de 11 euros), o fim da precariedade e o direito a poderem sindicalizar-se. A greve está a ser apoiada pelo sindicato União Aliada dos Padeiros e da Restauração (BFAWU), o maior sindicato independente do setor alimentar no Reino Unido.
A greve insere-se na campanha "Fast Food Rights", que é um eco de uma campanha semelhante organizada pelos trabalhadores norte-americanos pela reinvindicação de um salário de 15 dólares por hora (cerca de 12,5 euros).
"Os trabalhadores encontram-se a viver com baixos salários e sem garantia de horas. Isso foi visto por alguns como punição por se terem juntado a um sindicato, o que fez com que os trabalhadores se vissem confrontados com dificuldades no pagamento das rendas das suas casas, podendo mesmo perder as suas casas", afirmou a BFAWU num comunicado.
Opinião partilhada por Shen Batmaz, que trabalha no McDonald's de Crayford, que denunciou que "apesar de ser um gigante global e um nome familiar, as condições a que os trabalhadores do McDonald's estão sujeitos em todo o mundo simplesmente não são falados. Esta greve no Reino Unido é parte de um movimento global que defende salários justos e condições de trabalho dignas. O McDonald's deve ouvir todos os seus funcionários em todo o mundo e tomar medidas imediatas". Muitos dos trabalhadores não ganham o suficiente para se manterem a si e às suas famílias e existem relatos de intimidação e de assédio moral pelos responsáveis dos restaurantes.
A cadeia de restauração faturou em 2016 mais de 24 mil milhões de dólares, tornando-a uma das mais poderosas corporações alimentares do mundo. O McDonald's emprega só no Reino Unido 80 mil trabalhadores e existe a possibilidade de que a greve se expanda para outros restaurantes por todo o país.
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— McStrike (@McStrike1) September 4, 2017