Facebook recorre de multa aplicada em Espanha

O Facebook discorda da multa de 1,2 milhões de euros que lhe foi aplicada em Espanha e vai recorrer da decisão. 

“Tomámos nota da decisão da APED da qual, com respeito, discordamos. Ao mesmo tempo que valorizamos as oportunidades que tivemos para partilhar com a APED a quão séria é para nós a privacidade das pessoas que usam o Facebook, é nossa intenção recorrer da decisão”, anunciou a maior rede social do mundo em comunicado.

 Na terça feira  Facebook foi multado em Espanha por ter recolhido informações pessoais sobre os utilizadores sem o consentimento destes.

"A agência declara a existência de duas infracções graves e uma muito grave por incumprimento da lei de protecção de dados e impõe ao Facebook uma multa total de 1,2 milhões de euros", revelou a Agência Espanhola de Protecção de Dados (AEPD) em comunicado.

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De acordo com a APED, citada pela agência Lusa, o Facebook recolhe “dados sobre ideologia, sexo, crenças religiosas, gostos pessoais ou navegação” sem que o “utilizador seja informado sobre a utilização e finalidade que o Facebook vai dar aos mesmos”.

O Facebook responde que esclareceu junto da APED que “os utilizadores escolhem que informação querem acrescentar ao seu perfil e partilhar com os outros, como por exemplo a religião”. No entanto, garante, “não usamos a informação para direcionar publicidade às pessoas”.

Segundo a APED, a maior rede social do mundo falha em apagar a totalidade dos dados pessoais quando estes deixam ser úteis para o fim para que foram recolhidos, nem quando os utilizadores pedem a sua eliminação.

A instituição espanhola revela ainda que o Facebook, ao contrário do que é exigido pelas normas de protecção de dados, trata a informação "especialmente protegida" com fins publicitários sem ter obtido o consentimento expresso dos utilizadores.

Já a empresa liderada por Mark Zuckeberg afirma que “desde que se instalou na Irlanda sempre respeitou as normas da União Europeia de proteção de dados pessoais ”. Para além disso, continua “disponível para discutir estes temas com a APED, enquanto trabalha com o seu principal regulador – a Comissão da Irlanda de Proteção de Dados – na preparação para a nova regulação europeia de proteção de dados”.