O condutor que, em 2015, se despistou no IC2 e matou cinco peregrinos e fez quatro feridos assumiu, esta terça-feira, em julgamento, a culpa pelo acidente, mas não explicou quais as causas que o levaram a despistar-se.
O homem está acusado de cinco crimes de homicídio por negligência e quatro crimes de ofensa à integridade física por negligência.
No início do julgamento, que ocorreu no Tribunal de Coimbra, referiu que o carro lhe fugiu das mãos e que depois não conseguiu “ver mais nada”.
O condutor circulava no IC2, no sentido Coimbra – Condeixa-a-Nova, pelas 3h45 do dia 2 de Maio de 2015, quando o carro em que seguia, ao fazer uma curva, entrou na via contrária e abalroou um grupo de peregrinos que se deslocava a pé em direcção a Fátima.
O teste de alcoolemia, que foi realizado apenas duas horas depois do acidente, acusou 0,9 gramas de álcool por litro de sangue e além disso acusou também a presença de substâncias psicotrópicas.
O arguido admitiu que tinha ingerido bebidas alcoólicas e afirmou que pode “ter mandado uma ou duas passas” mas, questionado pelo seu advogado, alegou que se “sentisse que não conseguia pegar no carro, não faria isso”.