Golfe. Filipe Lima sonha atacar liderança e Gouveia com Top-10

O mais importante torneio de Golfe português, com 2 milhões de euros em prémios monetários, termina hoje, no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, e é liderado pelo dinamarquês Lucas Bjerregaard. 

Filipe Lima e Ricardo Melo Gouveia continuam a fazer história no 11º Portugal Masters e 2017 marca a primeira vez que dois portugueses partem para a última volta de hoje no top-20.

Os dois atletas olímpicos portugueses estavam ontem (sexta-feira) à noite no 14º e 19º lugares, respetivamente, e após a terceira volta o cenário é semelhante, com Lima no grupo de cinco jogadores dos 12º classificados e Melo Gouveia empatado com 12 participantes no 20º posto.

Ambos prosseguem um belo trajeto de só jogarem abaixo do Par, com o português residente em França a apresentar 203 pancadas, 10 abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course, após cartões de 69, 66 e 68; e o algarvio que vive em Inglaterra a totalizar 205 pancadas, 8 abaixo do Par do percurso desenhado por Arnold Palmer em Vilamoura, depois de rondas de 69, 67 e 69.

Se pensarmos que o líder do torneio do European Tour de 2 milhões de euros em prémios monetários, o dinamarquês Lucas Bjerregaard (199 pancadas, 14 abaixo do Par), também ostentou hoje (Sábado) 68 pancadas – as mesmas de Lima e só menos 1 do que Melo Gouveia – percebemos que os portugueses estiveram em bom nível, num dia de mais vento e bandeiras mais complicadas.

A grande diferença é que Filipe Lima esteve perto de conseguir a melhor classificação de sempre de um português aos 54 buracos e poderia estar bem metido na luta pelo título, pela isenção de dois anos no European Tour e pelo cheque de 333.330 euros destinado ao vencedor.

Depois de um fabuloso eagle no buraco 17 – o ex-libris do campo –, o campeão nacional viu-se no grupo dos 4º classificados, com apenas um buraco pela frente, mas um chip e dois putts custaram-lhe 1 bogey e a descida para a 12ª posição.

Mesmo assim, Lima está a apenas 4 pancadas do líder e acredita que se estiver inspirado no início da última volta, e se o público português aparecer mais cedo a apoiá-lo do que hoje, poderá ainda provocar alguma grande surpresa. Uma coisa é certa, está perfeitamente ao seu alcance o recorde nacional de Ricardo Santos, que foi 16º classificado em 2012.

«Estou um bocadinho triste, porque não joguei o segundo shot (no 18) como deveria. Joguei um bocadinho a medo, mas amanhã é outro dia e aquele bogey não faz mal nenhum. Estou mais perto dos líderes, como disse ontem ser essa a minha meta, e amanhã vou à caça deles», disse.

Ricardo Melo Gouveia, por seu lado, já tirou da cabeça qualquer ideia de luta pelo título mas também julga poder quebrar a marca histórica de Ricardo Santos: «-8 para o quarto dia quer dizer que tenho mais uma oportunidade de subir um pouco mais na tabela. Se amanhã conseguir uma boa volta talvez consiga um top-10. Vamos ver».