Investigadores do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa e das universidades Nova de Lisboa e de Gotinga, na Alemanha, conduziram um estudo que permitiu descobrir um mecanismo possível de explicar o porquê da falta de memória em doentes de Parkinson.
O estudo, publicado na revista científica Nature Neuroscience, revelou que uma proteína (alfa-sinucleína) em excesso no cérebro interage com outra proteína (PrP), provocando alterações nos neurónios ligados à memória. No estudo, foi administrado a ratos com excesso de alfa-sinucleína no cérebro, uma droga da família da cafeína e comprovou-se que os défices de memória tinham revertido. Segundo os investigadores, o medicamento atua como um inibidor do recetores de adenosina que fazem a mediação entre as duas proteínas.
O próximo passo é perceber a interação entre as duas proteínas, para posteriormente serem criados medicamentos que possam bloquear essa interação e, assim, tratar os efeitos que esta tem na memória.