O auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria do massacre num concerto de country music em Las Vegas. Num primeiro comunicado, emitido pela agência oficial de propaganda, a Arnaq, o grupo terrorista afirmou que "o atacante de Las Vegas era um soldado do Estado Islâmico em resposta ao pedido de atacar os países membros da coligação", que tem, nos últimos três anos combatido a organização terrorista no Iraque.
Algum tempo depois e num segundo comunicado, o Estado Islâmico anunciou que o terrorista "se tinha convertido ao Islão há alguns meses atrás". O conteúdo dos dois comunicados é similar a outros em os atentados são inspirados pela organização em vez de serem diretamente perpetrados por esta.
A reinvindicação ainda não foi comprovada pelas autoridades nem por qualquer organização independente. Porém, este ataque ocorreu dias depois de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico, ter proferido um discurso a apelar para os seus seguidores executarem e "intensificarem ataques atrás de ataques contra os infiéis".
Ao longo da sua história, o auto-proclamado Estado Islâmico apenas tem reivindicado os atentados terroristas com os quais teve algum tipo de ligação, por mais ténue que seja. Não poucas vezes o Estado Islâmico tem apresentado provas que comprovem a sua autoria material ou moral dos atentados que reivindica. Porém, ainda não foram divulgados, para além dos dois comunicados, quaisquer provas da sua ligação ao massacre de Las Vegas.
Ainda assim, o auto-proclamado Estado Islâmico pode ter reivindicado a autoria do atentado por estar, crescentemente, a perder territórios e recursos no Iraque e na Síria e pretender demonstrar à Europa e Estados Unidos que ainda tem capacidade para realizar ações ofensivas nestes territórios que causem terror entre as populações.