O CDS e a sua líder, Assunção Cristas, tiveram o melhor resultado da noite. Segundo lugar em Lisboa, com perto de 20% dos votos, vitória na autarquia do Porto inserida na coligação liderada por Rui Moreira e conquista do munícipio de Oliveira do Bairro, construindo assim o “hexa do CDS”.
A grande aposta do CDS foi Lisboa, candidatura com a qual Cristas jogava também a sua liderança partidária. Com quase o triplo da votação que Paulo Portas tinha conseguido em Lisboa, está mais do que garantida. Para além do resultado na capital, o modo como ofuscou os social-democratas dão à presidente legitimidade interna, algo de que Cristas, que não veio do aparelho, necessita.
A líder centrista quer agora aproveitar a embalagem dos resultados para se difrenciar do PS e do PSD e afirmar-se como partido de ideologia própria, algo que começou a a fazer durante esta campanha. Este resultado será também aproveitado como exemplo da pedagogia contra o voto últil e como tiro de partida para as próximas eleições legislativas, que Cristas já deu a entender querer concorrer separada do PSD e com ambição de política de futuro. A conjuntura pós-autárquica aponta nesse sentido.