A presidente da Viver 100 Fronteiras, organização não-governamental (ONG) suspeita de comercializar roupa doada peã a Guiné-Bissau, garante que o material apreendido tinha fins humanitários e que nunca vendeu a roupa em feiras.
O comando de Lisboa da GNR revelou ontem que apreendeu 4,25 milhões de euros em vestuário a uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) de Santa Maria da Feira que vendia em feiras roupa doada que deveria ser encaminhar para África. No dia 28 de setembro, os militares apreenderam 96 mil peças de vestuário das marcas Salsa e Tiffosi.
À Agência Lusa, a presidente da Viver 100 Fronteiras, Natália Cristina Rocha, mostrou-se "estupefacta com tanta mentira e difamação pública" e afirmou que "nem a associação nem os seus representantes estão neste momento acusados ou indiciados para qualquer processo judicial". A responsável garante que a roupa, assim como outras mercadorias, estavam armazenados para seguirem para África em contentores. "Nunca esta associação vendeu roupas em feiras, seja de que marca for", refere.
Além disso, a presidente da instituição garante ainda que as doações feita pela Salsa são objeto de fatura-recibo e que nunca foi dado à associação doações no valor de 4,25 milhões de euros.