A Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, diz que “confia na solidez” dos indícios da acusação do MP sobre a Operação Marquês, considerando que a informação recolhida resultou numa acusação que é sustentável.
"O Ministério Público entendeu que reuniu os indícios mínimos e suficientes à prova dos factos que permitem levar o caso a julgamento",diz Joana Marques Vidal que reagiu assim, pela primeira vez, à acusação proferida ontem pelo MP sobre a Operação Marquês.
Quanto à morosidade do processo, Joana Marques Vidal afirma que "só no fim conseguimos avaliar se foi ou não moroso" lembrando que há "determinado tipo de crimes que são de natureza mais complexa" sendo necessário constituir mega-processos, sob pena de "não se descobrir nada". São todas estas condicionantes que são tidas em conta no chamado tempo útil do processo, justificando os adiamentos do prazos limites para a conclusão da investigação.
Questionada sobre as 15 investigações que nasceram da Operação Marquês, Joana Marques Vidal diz que "quando se conclui que há factos que não foram investigados suficientemente, inicia-se uma nova investigação" frisando que o MP "não inventa processos seja em que situação for".
A PGR falou à margem do 11.º congresso de juizes, que decorre na Figueira da Foz, e aproveitou ainda a ocasião para afastar a ideia de que a justiça foi posta à prova com o processo da Operação Marquês. "O que põe à prova a justiça é a resposta com qualidade no exercício das suas funções".