Relatório de Pedrógão. Houve falhas no comando e consequências mais graves poderiam ter sido evitadas

Comissão diz que a dada altura fogo ficou impossível de controlar

O relatório sobre a tragédia de Pedrógão Grande levado a cabo por uma Comissão Técnica Independente foi entregue esta quinta-feira na Assembleia da República.

No documento, com quase 300 páginas, os peritos reconhecem que houve falhas no comando da proteção civil e que faltou dar instruções à população sobre a melhor forma de agir.

O coordenador da comissão, João Guerreiro, afirmou hoje aos jornalistas que poderiam ter sido tomadas medidas nas primeiras horas do combate ao fogo para evitar consequências mais graves

A comissão concluiu ainda que nas primeiras horas, deveriam ter sido dadas ordens para retirar as pessoas das aldeias em torno de Pedrógão Grande.

Por outro lado, o responsável referiu que a partir de certa altura “tornou-se impossível” combater o incêndio, pela sua intensidade.

Recorde-se que o incêndio que começou a 17 de junho matou 64 pessoas e provocou ferimentos em mais de 250. De sublinhar que 47 das vítimas mortais foram encontradas na EN 236-1, tendo morrido queimadas enquanto tentavam fugir das chamas.