Para o PCP o elogio ao Orçamento tem de ser tímido até porque, consideram, é necessário ter em conta que “não há orçamentos previamente aprovados”. Até porque existem “compromissos assumidos” quando o tema é debater o documento na especialidade. Para o PCP é importante ver aprovado o aumento da derrama estadual, assim como o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego.
Já para o PSD há pontos positivos como, por exemplo, o aumento das pensões ou o descongelamento de carreiras, mas não chega. Para o partido, falamos de “mais uma oportunidade perdida” porque não é feito o suficiente para “aproveitar o crescimento econónimo para fazer reformas estruturais”. Assim, à semelhança do que aconteceu no ano passado, o PSD vai apresentar uma proposta de alteração.
De acordo com Maria Luís Albuquerque, vice-líder do PSD, “o Orçamento do Estado que foi entregue na Assembleia da República apresenta uma estratégia errada e revela falta de visão e falta de ambição para o futuro do país”.
Por outro lado, o Bloco de Esquerda aproveitou para anunciar que irá apresentar na especialidade propostas como a que está ligada ao fim do corte de 10% no subsídio de desemprego. “Estamos absolutamente convencidos de que essas medidas vão passar. Uma delas já tinha o acordo do PS desde junho (subsídio de desemprego), portanto, achamos que cumprem os objetivos deste orçamento”, revelou Mariana Mortágua.
Do lado do CDS as críticas surgem principalmente com foco na situação dos trabalhadores independentes. “Se, no passado, a bancarrota socialista obrigou a um aumento de impostos doloroso para todos, numa conjuntura favorável, entendemos que todos devem sentir o desagravamento fiscal. Não é isso que acontece”, esclareceu Assunção Cristas, que considera que quem trabalha por conta própria vai sair muito penalizado.