Desde anónimos a caras conhecidas, vários movimentos de solidariedade espontâneos e independentes têm nascido. Partilham a vontade de garantir que desta vez, ao contrário do que aconteceu com as iniciativas solidárias a favor das vítimas de Pedrógão Grande, os donativos chegam, de facto, aos destinatários.
É esse o caso de um grupo de pessoas de Cascais. Na noite de segunda-feira, Gonçalo Vieira Barreto partilhou a publicação que um cliente da empresa onde trabalha fez no Facebook, pedindo ajuda para os desalojados de Santa Comba Dão, localidade de onde é oriundo. Mas não foi apenas uma partilha: à publicação do cliente, Gonçalo juntou um texto a reforçar o pedido e a dizer que a sua empresa, em Cascais, estava “de portas abertas a receber ajudas para levar aos desalojados da zona centro, na quarta-feira”.
Vários amigos comentaram, dizendo que iam contribuir com bens e, com o passa-palavra, o inesperado aconteceu: a empresa tranformou-se num autêntico centro de recolha de bens, que na quarta-feira foram transportados para Santa Comba Dão em duas carrinhas cheias. “Eram centenas de bens”, conta Gonçalo ao i. No terreno, com a ajuda dos escuteiros da cidade viseense, entregaram eles próprios “em mão os bens recolhidos”.
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