O projeto, de nome Neom, inclui as ilhas de Tirán e Sanafir e será financiado quase em exclusivo pelo Fundo de Investimentos Públicos do país. Anunciado pelo príncipe herdeiro, faz parte do plano económico saudita até 2030, o qual tem como objetivo diversificar a economia.
“Neom vai ser construída do zero, num projecto feito de raiz, permitindo uma oportunidade única para ser distinguido de todos os outros locais que têm sido desenvolvidos e construídos durante os últimos cem anos”, disse o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman,
A região de Neom “vai centrar-se em nove setores de investigação cujo objetivo será o futuro da civilização humana, incluindo o futuro da energia e da água, do transporte, as biotecnologias, a alimentação, as ciências técnicas e digitais, a industrialização avançada, a informação e produção mediática, o entretenimento e a vida”, disse bin Salman, citado pela agência Bloomberg.
O príncipe acrescentou que com este projeto pretende-se “estimular o crescimento e a diversificação económica, habilitar os processos de produção e criar e promover a indústria local a nível global”. A economia saudita está assente na exportação de hidrocarbonetos.
Neom terá 26500 quilómetros quadrados, junto ao Mar Vermelho e ao Golfo de Áqaba. Aqui será também o ponto de partida da futura ponte Rei Salomão, para ligar a Arábia Saudita à península do Sinai, no Egipto.
As ilhas de Tirán e Sanafir, no mar Vermelho, foram cedidas, com polémica, ao reino saudita pelo presidente egípcio Abdelfatah al Sisi.