Heloísa Apolónia, líder parlamentar do PEV, questionou a nomeação de Tiago Martins Oliveira para a presidência da Estrutura de Missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais por ter sido membro dos quadros da empresa de produção de papel, The Navigator Company, o antigo Grupo Portucel Soporcel. António Costa afirmou que tem um currículo "irrepreensível" e que depositou a sua confiança.
"É legítimo que as pessoas questionem" a eleição de uma pessoa que esteve "até à data" associada a uma empresa de produção de celulose, esteja à frente da reforma das florestas, afirmou Heloísa Apolónia durante o debate da Moção de Censura do CDS ao Governo.
António Costa defendeu a escolha dizendo que "Tiago Oliveira não é acionista nem tem qualquer interesse na Navigator, é trabalhador da Navigator". A escolha do presidente da Estrutura de Missão para Fogos Rurais foi feita, segundo o primeiro-ministro, tendo como base a experiência como bombeiro, como sapador e o percurso académico. "Por isso confio nele para completar esta missão", reforçou António Costa.
Tiago Martins Oliveira tem 48 anos e é doutorado em engenharia florestal e recursos naturais pela Universidade de Lisboa. Para além de ter uma vasta experiência como docente universitário, Tiago Martins Oliveira desempenhou vários cargos diretivos no antigo Grupo Portucel Soporcel, exerceu funções de adjunto do secretário de Estado das Florestas nos Executivo de Durão Barrosos, adjunto do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca no Governo de José Sócrates e coordenador executivo da proposta técnica do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios que foi encomendada pelo Governo de Pedro Santana Lopes.