O presidente do Brasil foi novamente resgatado pela Câmara dos Deputados. Na quarta-feira à noite a câmara baixa do Congresso votou contra a denúncia a Michel Temer, impossibilitando, dessa forma, que o líder do governo pudesse vir a ser julgado pelos crimes de obstrução à justiça e participação em organização criminosa
Numa sessão plenária que demorou quase oito horas – devido à tentativa de adiamento da votação, por falta de quórum, organizada pela oposição – e com o presidente hospitalizado de urgência devido a uma obstrução urológica, 251 parlamentares votaram pela causa de Temer, contra 233 que votaram pela investigação judicial pelo Supremo Tribunal Federal.
Tal como na votação do passado mês de agosto, que culminou no bloqueio da acusação de corrupção passiva contra si, também esta quarta-feira o presidente beneficiou de ausências e abstenções, que impediram a obtenção da necessária maioria de 342 deputados que o levariam ao banco dos réus – mesmo tendo tido menos 12 votos favoráveis, em comparação com a votação da primeira denúncia.
Carlos Marun, o fiel escudeiro de Cunha, faz dancinha da vitória pró-Temer https://t.co/RECRDqSeab pic.twitter.com/N2Dm4qIrJf
— Folha de S.Paulo (@folha) October 25, 2017
À saída do Hospital Militar de Área de Brasília, Temer garantiu que “está inteiro” e, de acordo com a presidência, necessita agora de repouso. “O presidente Michel Temer teve alta após as 20 horas. Ele passa bem e, seguindo orientação médica, irá repousar em casa”, informou a o Palácio do Planalto, em comunicado.
Segundo a “Folha de São Paulo”, Michel Temer irá agora aproveitar o novo balão de oxigénio oferecido pelo Congresso e apontar baterias para fazer aprovar, o mais rapidamente possível, o seu pacotes de reformas económicas, bem como acelerar as discussões sobre a controversa reforma da Previdência.