Doentes com cancro queixam-se de “demasiada burocracia”

Um estudo revelou que 71% dos inquiridos acha que a luta contra o cancro não é uma prioridade para o governo português

Um estudo sobre oncologia chegou à conclusão de os portugueses consideram que são exigidas “demasiadas burocracias” aos doentes para poderem aceder aos seus direitos e que o combate a esta doença não é uma prioridade para os políticos porugueses.

O estudo feito pela Sociedade Portuguesa de Oncologia, e que teve por base vários inquéritos, analisou “a perceção dos doentes e sobreviventes de doença oncológica sobre os cuidados de saúde em oncologia”.

Segundo as respostas, 56% dos inquiridos sentem que lhes é exigida muita burocracia para que lhes sejam concedidos os direitos que estão consagrados pela lei. Dos inquiridos, 64% disseram que preferem consultar um médico para um diagnóstico e apenas 3% recorre a associações de doentes, folhetos e linhas de apoio.

Segundo o estudo, 53% considera que falta implementar um programa de rastreio a nível nacional, 71% afirma que a luta contra o cancro não é uma prioridade par aos políticos portugueses e 60% diz que o governo não faz o investimento necessário para que os doentes tenham acesso aos tratamentos mais avançados e eficazes.