"Milla", da franco-arménia Valérie Massadian, é o grande vencedor da competição internacional do 15.° Doclisboa, cujos prémios acabam de ser anunciados na cerimónia de encerramento, na Culturgest, com a exibição, em estreia nacional, de "Era Uma Vez Brasília", filme entre o documentário e a ficção científica do brasileiro Adirley Queirós. O Grande Prémio Cidade de Lisboa para o melhor filme da competiçao internacional é atribuído no valor de 8 mil euros.
Coproduzido pela portuguesa Terratreme, "Milla", que conta a história de uma jovem de 17 anos, Milla, que se refugia numa pequena cidade no Canal da Mancha para lá viver uma história de amor, tinha tido a sua estreia internacional no Festival de Locarno, onde foi distinguido com o prémio especial do júri Cineastas do Presente.
Ainda na competição internacional, o prémio da Sociedade Portuguesa de Autores foi para "Why Is Difficult to Make Films in Kurdistan", de Ebrû Avci, e "Spell Reel", da portuguesa Filipa César, foi distinguido com uma menção honrosa.
O prémio de melhor curta-metragem do jornal Público/MUBI foi atribuído ao filme "Saule Marceau", de Juliette Achard. Vencedor do prémio revelação, para melhor primeira obra, patrocinado pelos canais TVCine, foi "Those Shocking Shaking Days", de Selna Doborac.
Na competição nacional, o melhor filme foi "Vira Chudnenko", de Inês Oliveira, distinguido com o prémio Nova FCSH/Íngreme. E o prémio Kimk Sound Studio foi atribuído a "À Tarde", de Pedro Florêncio.
Já o prémio do público, no valor de 4 mil euros que incluem a compra dos direitos televisivos pela RTP, foi entregue a "Diálogos ou como o teatro e a ópera se encontram para contar a morte de 16 carmelitas e falar do medo", de Catarina Neves. Os filmes vencedores serão exibidos novamente durante este domingo, dia em que termina a edição de 2017 do Doclisboa.