Jerónimo de Sousa considera que o governo “subestimou os perigos reais” nos incêndios e revelou que existe uma “disponibilidade” do governo para aprovar, na discussão do Orçamento de Estado, a proposta do PCP para eliminar o corte de 10% no subsídio de desemprego ao fim de seis meses.
“Houve, no quadro do exame comum, uma aceitação e uma disponibilidade por parte do Governo para considerar positivamente essa proposta durante a fase da discussão de especialidade do Orçamento do Estado”, referiu o secretário-geral comunista em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF.
Jerónimo de Sousa referiu que o PCP “ainda não baixou a bandeira” para aumentar o salário mínimo para 600 euros já no próximo ano.
Já sobre o cumprimento da legislatura até 2019, o líder comunista disse que será levada até ao fim desde que o PS continue com o estabelecido e não aprove qualquer Orçamento.
Relativamente ao segundo número de vítimas mortais que se verificaram este ano, nos incêndios de 15 de outubro, Jerónimo de Sousa referiu que o partido tem um posicionamento crítico sobre a atuação do governo e considera que foram subestimados “os perigos reais que existiam face à condições climáticas que eram anunciadas”.
Quanto ao Orçamento do próximo ano, o secretário refere que as verbas para concretizar as medidas de apoio à floresta não devem ser retiradas para repor rendimentos e direitos, preferindo que, se necessário, haja um aumento do défice previsto.