Donald Trump anunciou esta quarta-feira que pretende enviar para Guantánamo o suspeito pelo atentado de Nova Iorque que vitimou oito pessoas. Para além de lhe chamar "animal", Trump anunciou ainda que vai acabar com o sorteio de vistos de residência usado pelo suspeito para entrar nos Estados Unidos.
"Enviem-no para Gitmo [Guantanamo]", anunciou o presidente norte-americano referindo-se a Sayfullo Saipov, o suspeito do ataque terrorista que matou oito pessoas com uma carrinha em Manhattan. Trump defende que é este o castigo para os "animais" que executam ataques como estes.
No entanto a promessa pode não se concretizar uma vez que implica questões legais, avança o "The New York Times". A decisão do presidente resultou de uma reação a uma pergunta, não fazia parte do discurso original. O jornal americano afirma ainda que nunca um suspeito preso em solo americano foi enviado para o centro de detenção da base americana de Guantánamo, em Cuba, e, desde 2008, nem suspeitos presos fora do território dos Estados Unidos são enviados para a prisão de alta segurança.
"Foi um acontecimento terrível. Temos de acabar com isto e tempo de acabar a sério", disse Trump. E por isso mesmo o presidente já anunciou que vai acabar com o programa de sorteio de vistos de residência. "Estou hoje a iniciar o processo para pôr fim ao sorteio de vistos de residência", afirmou Trump, "e vou pedir imediatamente ao Congresso para iniciar o processo para nos livrar deste programa. Sorteio de vistos – soa bem, não é bom. Não tem sido bom. Nós estamos contra isto".
Donald Trump apelou ainda ao fim do politicamente correto. "Temos de ser muito fortes, temos de ser muito espertos e temos de ser muito menos politicamente corretos", disse o presidente norte-americano. "Nós somos tão politicamente corretos que temos medo de fazer alguma coisa", acrescentou defendendo que "há medidas para acabar com a corrente de migração. Estamos a ser travados pelos Democratas porque eles são uma força de bloqueio". Donald Trump acusou o opositores de "não quererem fazer o que é melhor para o nosso país".