Cristas reitera voto contra o Orçamento

Assunção Cristas afirmou que o CDS vai votar contra o Orçamento do Estado que considera “desigual” e “de vistas curtas”.

A líder do CDS afirmou que a alteração do regime simplificado é um "ataque brutal, sem precedentes" aos trabalhadores independentes, e reforça a ironia de que "pequenos proprietários florestais terão um agravamento de 500 ou 600%" quando este é um Orçamento "pós-Pedrógão" que, segundo Cristas, "deveria assumir respostas que simplesmente não estão lá".

Sobre o regime simplificado, António Costa afirmou que "este não é um orçamento rainha santa, não é um orçamento só de rosas", e acusa Assunção Cristas "ter pouca memória e arranjar argumentos em cima do joelho".

Assunção Cristas acusou o Orçamento de Estado de ser "desigual" para as famílias com filhos, dando privilégio aos indivíduos solteiros, o que, "para um país que tem um problema gravíssimo de natalidade", "mostra bem como o seu governo não olha para nada de estrutural e entra em contradições a cada passo". Sobre esta crítica, Costa questiona se "acha justo que quanto mais uma família ganhe, mais possa deduzir pelos seus filhos em vez de ser igual por cada criança?" e afirmou que para o governo uma criança "vale o mesmo ter nascido numa família rica ou numa família sem rendimentos".

"A sua visão de futuro está presa ao passado porque a senhora deputada persiste num modelo de baixos rendimentos", afirmou Costa para a líder centrista. "Essa não é a economia que o país precisa para o futuro"

Assunção Cristas lançou ainda críticas às cativações, questionando o governo se está "disponível a excluir as cativações nas verbas destinadas à formação profissional". A resposta do primeiro-ministro foi direta: "as verbas relativas à comparticipação nacional não estão sujeitas a cativações e por isso não faz sentido descativar", afirmou.