O antigo primeiro-ministro angolano Marcolino Moco não vai ser o próximo preocurador-geral de Angola. Foi o próprio que negou ao SOL essa notícia que circula em Luanda e teve ecos na imprensa local.
"Não, não recebi nenhum convite. Isso é um boato de desejo", disse o antigo primeiro-ministro em conversa telefónica. "Há pessoas que me gostariam de me ver neste cargo, mas, na verdade, não fui contactado para este cargo", acrescentou.
Questionado sobre se era um cargo que gostava de exercer, Marcolino Moco garantiu que não pensou nisso. "Não pensei em cargos durante os quase 20 anos em que me distanciei do regime – e não tanto do partido em si. Só pensava no país que estava a seguir uma linha desastrosa, em todos os aspetos. A começar do ponto de vista moral, ético, para depois terminar nas consequências económicas, sociais e políticas", explicou.
E agora que as coisas estão a mudar? "Continuo a não pensar em cargos, até porque não me foi colocada essa questão", respondeu. "Só iria pensar na altura em que me fosse colocado o problema. As pessoas também desconhecem que o presidente João Lourenço está a tomar medidas como Presidente da República quase de forma pessoal em áreas em que pode (diretores de empresa, ministros, secretários de Estado), só que nomear um procurador exige a consulta ao conselho superior da magistratura", explicou.