Robinho, outrora uma grande esperança do futebol brasileiro e mundial, foi condenado a nove anos de prisão por um tribunal de Milão, num caso de "violência sexual em grupo" contra uma jovem albanesa. Tudo terá acontecido a 22 de janeiro de 2013, quando o avançado brasileiro representava o AC Milan, um dos gigantes de Itália.
De acordo com a imprensa italiana, Robinho terá violado a jovem albanesa (que então tinha 22 anos) numa discoteca, juntamente com mais cinco homens, todos eles também condenados. A queixa foi apresentada em 2014 e, logo na altura, o jogador classificou toda a situação de "triste e mentirosa" – posição que mantém, de acordo com as palavras da sua advogada, Marisa Alija: "Sobre o assunto envolvendo o atacante Robinho, num facto ocorrido há alguns anos, esclareço que meu cliente já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância."
Robinho, que é casado desde 2009, já tinha sido alvo de uma acusação semelhante em 2009, numa altura em que representava o Manchester City. Então, foi uma jovem britânica a acusar o jogador de violação numa discoteca em Leeds. Robinho chegou a ser levado pela polícia para prestar esclarecimentos na esquadra, mas acabaria por ser ilibado.
O avançado pode ainda recorrer desta sentença, sendo que o sistema de Justiça italiano permite várias instâncias de recurso. É, contudo, improvável que vá cumprir pena efetiva de prisão, dado que atualmente joga no país de origem (representa o Atlético Mineiro) e a legislação brasileira não prevê a extradição dos seus cidadãos. Ficará, todavia, impedido de prosseguir a carreira noutro país: se o fizer, corre o risco de ser detido e cumprir, de facto, a pena.
Robinho, recorde-se, despontou na primeira equipa do Santos ainda com 18 anos, ascendendo desde logo ao estrelato. Após ser campeão brasileiro, transferiu-se para o Real Madrid em 2005, tornando-se na mais cara transferência do futebol britânico em 2008 ao mudar-se para o Manchester City (42 milhões de euros). Ano e meio depois, voltou ao Santos por um breve período, antes de assinar pelo AC Milan, que representou de 2010 a 2014, antes de cumprir mais dois anos no Santos por empréstimo dos rossoneri. Seguiu-se uma breve passagem pelo futebol chinês (Guangzhou Evergande) antes do regresso ao Brasil, desta feita com a camisola do Atlético Mineiro, que continua a representar. Pela seleção brasileira, soma 102 jogos e 29 golos, tendo participado em dois Mundiais, três Copas América (ganhou uma) e duas Taças das Confederações (conquistou ambas).