"Continuamos à espera de uma explicação final e uma retirada política de consequências do que se passou em Tancos" afirmou Assunção Cristas trazendo o assunto ao debate quinzenal com o primeiro-ministro. Sobre as "responsabilidades políticas e operacionais que o governo tira desta matéria", como a líder do CDS questionou, António Costa respondeu a investigação está nas instituições competentes mas afirma que, pelo que pode "assegurar" é que "as armas que tinham desaparecido foram encontradas, todo o armamento que estava em Tancos foi recolocado num lugar seguro". "Não compete ao governo guardar qualquer paiol, qualquer quartel, qualquer unidade militar em Portugal", rematou Costa.
No que toca aos casos de Legionela, Assunção Costa afirmou que já não existe uma reação por parte população à morte dos doentes contaminados com a bactéria. António Costa disse perceber "o gosto da direita portuguesa pela política de casos" acusando a líder centrista de não querer "falar efetivamente das desigualdades nem da redução da pobreza" uma vez que "de quando a senhora [deputada do CDS] era governo para o primeiro ano deste governo houve menos 35 mil crianças em risco de pobreza".
Assunção Cristas acusou ainda o governo "tentou não enviar e não mostrar todo o relatório" pedido pelo executivo sobre os incêndios de Pedrógão. O primeiro-ministro afirmou que "o governo não quis esconder nada" remetendo para a comissão de proteção de dados que "proibiu a divulgação" do relatório. No entanto, Costa acrescenta que "está a ser entregue a parte relativa às vítimas" aos familiares. "O governo não tem nada a esconder sobre este relatório que aliás foi pedido pelo governo", concluiu.