JP: ‘É a soberania que deve estar no centro deste debate’

A juventude partidária do CDS convidou o deputado Miranda Calha, socialista, para debater a defesa europeia, aprovada hoje no parlamento

Com a já habitual atenção ao cenário parlamentar, a Juventude Popular convidou o ex-líder do CDS José Ribeiro e Castro, o deputado do PS Miranda Calha (também membro da Comissão Parlamentar de Defesa) e o deputado centrista Pedro Mota Soares para debaterem a Cooperação Estruturada Permamente (PESCO), um mecanismo de defesa europeia. Hoje, foi mesmo Mota Soares a apresentar o projeto de resolução do CDS-PP no parlamento, no debate com o primeiro-ministro que antecede o próximo Conselho Europeu.

Miranda Calha foi um dos socialistas que criticou o governo por não estar no momento fundador em que os Estados-membros da União Europeia celebraram o mecanismo. Mota Soares salientou na Assembleia que o CDS é a favor da adesão portuguesa (que foi aliás hoje aprovada), mas que esta não deve prejudicar ou substituir o funcionamento da NATO.

O presidente da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, anfitrião do evento mencionado, vai de encontro às linhas defendidas pelo partido no projeto apresentado por Mota Soares, também destacando a importância da cooperação europeia para a segurança dos seus Estados, mas sem esquecer a soberania nacional de cada um deles.

"Reconhecemos a importância de uma maior cooperação entre os Estados-membros da União Europeia em matéria de política de segurança e defesa para fazer face aos desafios e ameaças que advêm da circunstância europeia no contexto mundial. Não obstante, o primado da Soberania Nacional deve constar do centro deste debate, na medida em que a consolidação da Cooperação Estruturada Permanente (CEP) deverá avançar num espírito de harmonização intergovernamental", disse o líder dos jovens centristas, preferindo uma lógica "intergovernamental" às tentações mais transnacionais do projeto europeu.

Dito de outro modo: integração quando necessário, mas a soberania primeiro.​