O CDS exige "um debate profundo, esclarecedor, não demagógico e sem recurso a eufemismos" sobre a despenalização da morte assistida.
A deputada Isabel Galriça Neto esclarece que o CDS ainda não se pronunciou a favor de um referendo e que ele só poderá existir depois de um amplo debate.
"Não nos pronunciámos a favor de um referendo, ainda que não excluindo que essa possa ser uma hipótese a equacionar no futuro, nunca antes de um debate esclarecedor e sério, que tem que continuar, sem precipitações".
A deputada centrista defende que "o que está em causa é a hipótese de legislar sobre a morte provocada e antecipada por um médico, um homicídio a pedido. Não se trata tão pouco de discutir o direito a morrer mas sim o direito a ser morto por outro que não será nunca um direito fundamental".
O CDS reafirma ainda que "os partidos políticos não apresentaram posições sobre esta temática nos programas eleitorais que submeteram ao eleitorado nas ultimas eleições"
A deputada socialista Isabel Moreira acusou ontem o CDS de "populismo" por defender um referendo. "No CDS não se lê a Constituição? Não sabe o CDS que as matérias relativas aos direitos, liberdades e garantias são de reserva de competência do Parlamento? Não sabe o CDS o que é a democracia representativa? Não sabe o CDS que não se referendam fundamentais?", afirmou a constitucionalista.