A organização Camapanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares (ICAN) aceitou o Nobel da Paz este domingo, em Oslo, e alertou para a iminência de uma guerra mundial, dizendo que “a morte de milhões de pessoas pode estar "à distância de uma pequena birra".
As palavras são de Beatrice Fihn, que recebeu e discursou em nome da organização, da qual é presidente. De acordo com a jurista sueca, os principais riscos de uma “crise nuclear” nos dias que correm dizem respeito a um jogo de “egos magoados”.
It's a great honour that we have been awarded the Nobel Peace Prize for our work to prohibit and eliminate nuclear weapons. #nuclearban pic.twitter.com/Atpg69M4IN
— Beatrice Fihn (@BeaFihn) October 8, 2017
Fihn, que se fez acompanha de uma sobrevivente do ataque nuclear em Hiroshima, pareceu lançar-se pouco disfarçadamente a Donald Trump e Kim Jong-un, os líderes americano e norte-coreano que nos últimos meses vêm trocando ameaças e ameaçando guerra.
A presidente do grupo não esteve solitária nesta premonição. Antes de entregar o prémio, Berit Reiss-Andersen, a presidente do Comité do Nobel, lançou-se aos dois presidentes, alertando que “líderes irresponsáveis podem ascender ao poder em Estados nucleares”.