Raríssimas: Presidência recebeu carta mas Marcelo só soube pela televisão

Carta do ex-tesoureiro da Raríssimas chegou a 23 de novembro 

A Presidência da República recebeu uma carta a denunciar irregularidades na associação Raríssimas a 23 de novembro. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu ao “Expresso” que “os dados concretos vieram a ser conhecidos por todos nós quando foram objeto de um programa de televisão”, referiu o chefe do Estado.

A missiva, escrita por um dos ex-tesoureiros da Raríssimas, chegou à assessoria para os assuntos sociais do Presidente da República no dia 4 de dezembro, mas só lhe foi passada depois de a TVI transmitir a reportagem de Ana Leal.
Marcelo explicou ao “Expresso” que “a Belém não chegou nada de específico, de concreto relativamente ao que se passava em termos de legalidade”, enquanto fontes da Presidência adiantaram que “o caudal de correspondência que chega a Belém, incluindo denúncias, é avassalador”, daí que se justifique o tempo que a carta demorou a chegar à mesa de trabalho do Presidente.

O chefe do Estado não se coibiu ainda de deixar uma indireta ao ministro Vieira da Silva, que tutela a Solidariedade e Segurança Social: “É importante que se fiscalize, é preciso que se conclua se houve ou não ilegalidade ou irregularidade, que as crianças não sejam punidas por isso e que, para o futuro, não seja preciso denúncias para o Estado saber o que se passa nestas instituições.”

Curiosamente, diz o “Expresso”, Vieira da Silva mandou agora auditar as contas da associação que aprovou a 25 de novembro de 2015, quando assistiu à assembleia-geral da associação que também designou o seu sucessor na vice-presidência do órgão e o alargamento da direção presidida por Paula Brito e Costa para nove elementos.