A greve dos pilotos da companhia Ryanair, que estava agendada para quarta-feira, dia 20, foi desconvocada depois da direção da empresa ter aceitado reconhecer os sindicatos independentes dos trabalhadores. A informação foi confirmada esta segunda-feira pela Associação de Pilotos Irlandeses de Companhias Aéreas (Ialpa).
Foi a primeira vez em 35 anos de existência que a Ryanair de voos de baixo custo reconheceu os sindicatos. Os trabalhadores tinham agendado a greve para pedir à empresa que realizasse as negociações sobre as condições laborais de forma coletiva, à margem dos órgãos representativos internos, os únicos que eram reconhecidos pela direção até à decisão da passada sexta-feira.
O presidente executivo da companhia aérea Michael O'Leary viu-se obrigado a ceder, aceitando reconhecer os sindicatos para evitar greves noutras bases europeias. O'Leary comunicou e explicou a decisão aos sindicatos independentes de pilotos de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Irlanda. Em Portugal também estava prevista uma greve para dia 20 de dezembro, organizada pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC). No entanto o sindicato já desconvocou o protesto.
"O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) informa que a greve dos pilotos da Ryanair em Portugal prevista para o dia 20 de dezembro foi suspensa. A decisão da Ryanair em reconhecer o SPAC como a organização representativa dos seus pilotos em Portugal e o seu compromisso em iniciar negociações com o objetivo de estabelecer um acordo de empresa levaram à tomada desta decisão", lê-se num comunicado enviado.