Vieira da Silva diz na comissão do Trabalho e da Segurança Social que o facto de apoiar a Raríssimas deixa "numa posição de particular sensibilidade" mas defende o trabalho feito pela instituição e pela causa defendida.
"Tenho perfeita consciência que o facto de ter aceitado, ter apoiado como cidadão, me coloca numa posição de particular sensibilidade", disse o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.
"A minha participação na Raríssimas é de facto algo de excecional", continuou o ministro, "em toda a minha vida pública – que tem cerca de 20 anos – nunca aceitei um convite para fazer parte de uma instituição", voltando a frisar nunca ter recebido benefícios dessa atividade. "Tenho bem a noção de qual é a responsabilidade de um titular de cargos públicos antes, durante e depois de os exercer", retorquiu o ministro.
"Se aceitei fazer parte daquela instituição", explicou Vieira da Silva, "foi porque conhecia o trabalho da instituição, assisti e participei no nascimento das suas respostas sociais, conhecia os objetivos do seu trabalho e foi-me apresentado um quadro das responsabilidades que me garantia qualidade na gestão daquela instituição. E nunca, no tempo em participei na instituição, por ninguém me foram levantadas, na mesa da Assembleia Geral, qualquer reparo à gestão da instituição".
Vieira da Silva relembrou ainda o impacto que a instituição tem tido na vida dos utentes, dando ênfase aos prémios recebidos pela instituição. "Nenhuma família de jovens e crianças de doença raras apresentou uma queixa sobre o desempenho da instituição", disse o ministro. Para Vieira da Silva, este momento de esclarecimento "não é apenas para garantir o meu comportamento, pelo qual eu respondo, é também para defender uma causa na qual eu acredito e isto não pode ser apenas a frase inicial de um qualquer discurso", acrescentou defendendo que é preciso agir em conformidade.