Os votos desta quinta-feira vão contar-se de forma especialmente lenta. A mais lenta, aliás, dos últimos 15 anos, segundo avança o “El País”. Duas horas e meia depois de as urnas encerrarem, estavam contados pouco mais de 9,5% dos votos. Como medida de comparação, no mesmo momento das últimas eleições, em 2015, já se havia contado uns 20,5% boletins.
A afluência de quase 82% dos eleitores dificulta o progresso. “Tudo isto é lógico”, escreve Josu Mezo, um blogger espanhol citado esta quinta-feira pelo “El País”. "Tão-pouco me surpreenderia que, com os ânimos tensos, os rumores de manipulação dos resultados e coisas semelhantes, haja um número considerável de mesas onde se demorem a contar e recontar."
Contados 9,5% dos votos, os resultados estão muito próximos dos valores avançados pela sondagem telefónica do “La Vanguardia”, publicada assim que as urnas se encerraram – não houve sondagens à boca das urnas. Os independentistas contam, pelas 20h30 portuguesas e 21h30 espanholas, 71 assentos, mais três do que os necessários para a maioria.
O Ciudadanos surge a esta hora como o partido mais votado, assim como se vem avançando. Registava ao início da noite 23,9% dos votos, contra os 23,5% do segundo classificado, o JxCat, que superava a esta hora o favorito independentista Esquerda Republicana, com 21,5%. O Partido Socialista Catalão surgia com 13,8% e o PP regional com 4,2%.
A união de forças entre o Podemos e o partido da alcaide de Barcelona, Ada Colau, aparecia com oito assentos e 6,7% dos votos. Esa formação pode ser fundamental para viabilizar uma solução independentista que não atinja a maioria. Veja aqui alguns cenários possíveis para o desfecho (tardio) destas eleições catalãs.