O ano não termina bem para o setor dos transportes. Fica-se hoje a saber que em 2017, foram apresentadas à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes mais de oito mil reclamações, a maioria das quais referentes ao setor rodoviário e ferroviário.
No primeiro semestre de 2017, assim como nos semestres anteriores, os setores rodoviário e ferroviário representaram a maioria das reclamações, com, respetivamente, 47,1% e 41,4%.
As cinco empresas que apresentaram o maior número de reclamações foram a Comboios de Portugal (CP), com 1.642 reclamações, seguida do Metropolitano de Lisboa (1.306), a Rede Nacional de Expressos (424), a Carris (371) e a Transtejo (368). Apesar das últimas perturbações, o Metro de Lisboa recebeu menos 569 queixas que no semestre passado.
As reclamações dizem respeito, maioritariamente, à falta de serviço programado, à falta de cumprimento de horários, excesso de lotação do veículo, alteração de percursos e paragens e a baixa frequência do transporte.
O relatório sobre reclamações no mercado público da mobilidade e dos transportes, hoje divulgado, revela que do total das queixas, 7.519 dizem respeito a inscrições no livro de reclamações dos diversos operadores e prestadores de serviços e as restantes 639 foram recebidas diretamente no organismo.