Segundo o relatório da inspeção tributária, a 22 de Novembro de 2011 Henrique Granadeiro transferiu para a Begolino, offshore de Ricardo Salgado, 4.900.000 euros. Quase dois anos mais tarde, a 31 de julho de 2013, seriam transferidos para a conta de Catarina dois milhões de euros e, a 7 de agosto, entram outros 478.390 euros da Begolino para aquela conta.
Num dos documentos apreendidos durante a investigação, Salgado deixou explícito que o dinheiro transferido para a filha fazia parte de uma ‘doação’: «Confirmo que efetuei uma doação irrevogável à minha filha, Catarina Amon, de EUR 2,5 milhões, da conta 510094 dos vossos livros». Este documento servia assim para justificar a passagem do património da Belino (uma conta na qual Maria João, mulher de Salgado, consta como titular) para outra titulada por Catarina num banco diferente.
Os investigadores encontraram outro documento, datado de 24 de junho de 2013, dirigido à Lombard Odier – banco onde estava guardado o dinheiro de Salgado –, no qual era solicitado o encerramento da conta em causa, pois o saldo final tinha sido transferido para a conta de Catarina, junto de um outro banco. Segundo os dados que constam no relatório final da Inspeção Tributária, o documento mostra como local de elaboração do mesmo o Panamá, país de incorporação da Begolino.
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