Criação de naves espaciais privadas cada vez mais perto

A Virgin Galactic tem testes marcados para 2018 e contratos com a NASA e a Agência Espacial Italiana

A Virgin Galactic já anda a desenvolver as suas naves de transporte espacial desde 2001, a Dream Chaser começou em 2004, a New Shepard em 2006 e há ainda outras, privadas e públicas que foram surgindo entretanto. O sonho de transporte espacial privado, de viagens turísticas saltou dos livros de ficção científica para os estiradores da realidade neste milénio, no entanto ainda nenhum dos projetos transformou esse sonho em realidade.

A Virgin, que já tem há anos contrato com a agência espacial norte-americana (NASA) para um voo de pesquisa, assinou na semana passada um contrato com a Agência Espacial Italiana (ASI) para um voo semelhante na sua SpaceShipTwo. Nenhum deles tem ainda data marcada, pois o veículo espacial (para voos suborbitais) da empresa do multimilionário Richard Branson continua em desenvolvimento e até agora ainda só fez testes sem motor, guardando para o próximo ano os voos motorizados.

A Dream Chaser está mais atrasada, tendo a sua nave espacial realizado no final de novembro (com sucesso) um teste de voo livre atmosférico. A empresa está convencida, no entanto, que poderá cumprir o plano de colocar o seu primeiro veículo orbital a realizar as seis missões contratadas pela NASA em 2020.

Quem também realizou testes recentemente (12 de dezembro) foi a New Shepard que conseguiu que a sua cápsula de transporte de pessoas e carga realizasse um voo de teste não tripulado em que atingiu quase 100 quilómetros de altura. Tanto o foguetão como a cápsula voltaram a aterrar controladamente depois do teste.

A realidade do transporte espacial privado e do turismo espacial está cada vez mais perto depois de mais de uma década em que já se sentiu a euforia e o desalento, mas parece que a partir de 2018, a Virgin, que é aquela que está atualmente mais avançada, começará mesmo a utilizar o seu SpacePort America, no Novo México, na verdadeira aceção dos termos de porto espacial e não como promessa de ficção científica.