A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) enviou hoje ao MAI e aos grupos parlamentares os ofícios com pedido de alteração da lei que determina os mecanismos de pagamentos das indemnizações relativas a acidentes em serviço.
À "Lusa", Paulo Rodrigues, o presidente do sindicato, disse que a lei é "muito injusta" para os trabalhadores da função pública em geral, mas ainda mais para os polícias, que são os que mais sofrem acidentes no período de trabalho. Como nota, a profissão tem um "risco agravado".
O responsável denuncia que os polícias que sofrem esse tipo de acidentes não podem acumular indemnização e salário, tendo direito a recebê-la apenas no momento em que se aposentam, que como Paulo Rodrigues notou pode ser anos depois. Isto, apesar de o montante da indemnização ser calculado na altura do acidente.
Como o dirigente acrescenta à "Lusa", "na prática, para além dos prejuízos óbvios, se o profissional estiver no serviço operacional, não só deixa de receber a indemnização quando dela mais necessita, que é quando perde os subsídios que são uma grande parte do salário, como é apenas compensada na aposentação, o que constitui uma injustiça que urge rever".