A Comissão Europeia vai investigar a venda pelo BES de produtos a clientes emigrantes.
Segundo a Lusa, a investigação vai decorrer a pedido do Parlamento Europeu, depois de ter aceitado a petição da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses. A petição colocou em causa a forma como o Banco Espírito Santo (BES) vendeu os produtos aos emigrantes, defendendo que houve uma infração das regras de intermediação financeira.
Nos documentos a que a agência teve acesso, a Comissão das Petições do Parlamento Europeu afirmou ter aceitado a petição e pedido “à Comissão Europeia para realizar uma investigação preliminar dos vários aspetos do problema com base nas informações” que receberam.
Depois da resolução do BES, em 2014, cerca de oito mil emigrantes da França e Suíça reclamaram mais de 720 milhões de euros, acusando o banco de lhes ter vendido produtos arriscados. Em 2015, o banco fez uma proposta comercial, mas nem todos os lesados aceitaram.
Em 2017 voltou a ser acordada uma solução para os lesados que tinham recusado a proposta inicial. No entanto, ainda falta encontrar uma solução para os clientes que compraram produtos financeiros EG Premium e Euroaforro 10.