Os pedidos de asilo aumentaram 17% em 2017, atingindo um total de 100.412, após um aumento de 6,5% em 2016. "Isso confirma que a França está entre os principais países aos quais se pede asilo na Europa", afirmou o diretor-geral da Opfra.
A França está atrás da Alemanha, que recebeu um pouco menos que 200.000 pedidos em 2017.
A Opfra (Departamento Francês de Proteção dos Refugiados e Apátridas) tem dados que remontam a 1981, ano em que houve menos de 20.000 pedidos de asilo. 2017 é “um nível histórico", disse Pascal Brice, diretor geral da Opfra.
Mais de um terço destes requerentes obteve o estatuto de refugiado no ano passado e é preciso juntar a estes números, o dos migrantes que ainda não apresentaram o seu pedido à Ofpra. A primeira etapa do processo é nas câmaras municipais, que verificam se as pessoas já passaram por outro país europeu (nos termos do Regulamento de Dublin).
Segundo Brice, citado pela agência Lusa, a taxa de aceitação dos pedidos passou de 38% em 2016 para 36% no ano passado, nomeadamente devido a uma maior rejeição de processos de albaneses.
No ano passado, o principal país de origem dos requerentes de asilo foi a Albânia, com 7630 pedidos (excluindo os menores que os acompanham), o que representou um aumento de 66%. No entanto, como o país é considerado pelo Ofpra "seguro", as autoridades apenas concederam asilo a 6,5% desses requerentes.