O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu um processo disciplinar ao Caldas por alegado comportamento racista dos seus adeptos para com jogadores do Farense, e também por irregularidades relacionadas com os bilhetes relativos ao encontro dos quartos-de-final da Taça de Portugal frente aos algarvios.
A questão das provocações racistas terá sido, de facto, a grande mancha na histórica – e inédita – qualificação dos caldenses, que derrotaram o Farense por 3-2 (após prolongamento) num Campo da Mata repleto: seis mil espetadores. Foram bem audíveis, por diversas ocasiões, os sons a imitar macacos direcionados ao brasileiro Fabrício, médio do Farense, e ao nigeriano Irobiso, avançado dos leões de Faro, provenientes dos adeptos afetos ao Caldas.
Se resultar em condenação, a acusação de "comportamento discriminatório" pode levar a uma sanção de entre dois a cinco jogos à porta fechada para o conjunto das Caldas da Rainha, atual oitavo classificado da Série D do Campeonato de Portugal – e primeira equipa do terceiro escalão a chegar às meias-finais da Taça desde o Leixões, em 2001/02.