Com o passar do tempo, são conhecidos cada vez mais pormenores sobre a forma como David e Louise Turpin tratavam os seus 13 filhos, que eram amntidos em cativeiro e maltratados pelos pais.
Fonte policial disse à NBC que as crianças só tinham autorização para fazer uma refeição por dia e só tomavam banho duas vezes por ano.
Algumas pessoas que vivem na zona também já começaram a dar novos detalhes sobre este caso: um antigo vizinho dos Turpin, que se identificou apenas como Mike, disse ao jornal New York Post que os 13 filhos do casal eram obrigados a acordar a meio da noite, a formar um círculo e a marchar: “Marchavam para a frente e para trás a meio da noite. Parecia que pertenciam a um culto (…) A minha mulher dizia que eles pareciam uns clones. Falavam de uma forma robótica, todos ao mesmo tempo e no mesmo tom”.
Alguns dos filhos de David e Louise “foram encontrados acorrentadas às suas camas com correntes e cadeados, na escuridão e num ambiente com cheiros nauseabundos”, lê-se no comunicado emitido pela polícia do condado de Riverside, na Califórnia (EUA). Quando entraram no número 160 da Rua Muir Woods, em Perris, as autoridades ficaram chocadas com o estado das vítimas. Pareciam ser todas menores de idade, mas o aspeto frágil devia-se às condições deploráveis em que viviam: na verdade, a filha mais nova dos Turpin tinha dois anos, mas o mais velho tinha 29. A jovem de 17 anos que conseguiu fugir de casa e alertar a polícia para o que se estava a passar “parecia ter 10”, devido ao seu “tamanho pequeno e aparência magra”, descreveram as autoridades.
David Allen Turpin, de 57 anos, e Louise Anna Turpin, de 49, foram imediatamente questionados sobre o que se estava a passar, mas foram “incapazes de dar uma razão lógica que justificasse o facto de os seus filhos estarem fechados em casa naquelas condições”. O casal foi detido por suspeita de tortura e negligência, tendo sido aplicada uma fiança de nove milhões de dólares (cerca de 7,3 milhões de euros).