Casa dos horrores. Hospital fala sobre recuperação dos irmãos

“É uma experiência alarmante para todos nós, quando se vê uma pessoa de 29 anos que parece ter 12,13 ou 14 anos”, afirmou o administrador do hospital onde estão internadas as crianças

“Falei com as enfermeiras – algumas delas são da idade de algumas destas pessoas -, acho que todos nós ficamos com a noção da sorte que temos por nunca termos tido de enfrentar o que eles tiveram de enfrentar”, referiu Mark Uffer, diretor da instituição de saúde onde estão internadas as 13 crianças que foram resgatadas da casa dos pais, à revista People.

Os sete irmãos maiores de idade estão internados no Coronoa Regional Medical Center e os restantes seis, menores de idade, estão numa instituição à parte.

Mark afirmou ainda que os sete adultos “estão até bastante estáveis” e que a instituição tentou “recriar um ambiente familiar positivo para eles, portanto estão juntos e confortáveis”, completando que “é uma experiência alarmante para todos nós, quando se vê uma pessoa de 29 anos que parece ter 12,13 ou 14 anos”, referiu.

“Sou administrador hospitalar há muito tempo e trabalho na saúde desde 1973… nunca vi isto antes. Posso partilhar com vocês que passei algum tempo com os miúdos… chamo-lhes miúdos mas são adultos. É desolador ver isto. Toca-nos verdadeiramente”, sublinhou o diretor.

Os irmãos estão cientes do que lhes aconteceu, sentindo que “as enfermeiras e a equipa de profissionais médicos que os estão a tratar se preocupam verdadeiramente com eles e que estão ali para os ajudar”.

As crianças estão a ser alimentadas com cuidado por causa do estado de mal-nutrição em que foram encontrados.

Recorde-se que as crianças foram encontradas depois de uma das vítimas, uma rapariga de 17 anos, ter conseguido fugir e contactado as autoridades. A polícia encontrou 12 pessoas “subnutridas e muito sujas” e algumas ainda acorrentadas.

Os pais foram detidos na segunda-feira e estão a ser acusados de tortura e negligência infantil.