Um PSD plural, unido no objetivo de servir Portugal

«Primeiro Portugal, depois o partido, por fim, a circunstância pessoal de cada um de nós», Francisco Sá Carneiro

Não é por acaso que o PSD é considerado ‘o partido mais português de Portugal’.

Nascido com o 25 de abril de 1974, o então PPD cedo se soube implantar no território nacional, assumindo-se como um partido humanista e interclassista, guiado pelos princípios da liberdade, da igualdade, do progresso social e da solidariedade.

Francisco Sá Carneiro definira, então, como referencial ideológico do PSD, o ‘centro político’ e a social-democracia.
Nestes já quase 43 anos de existência, o PSD ajudou a construir o Portugal de hoje.
As governações protagonizadas pelo partido sempre se caracterizaram por um ímpeto reformista e pela vontade de melhorar e desenvolver o país. Nunca fomos pelos caminhos do facilitismo, da demagogia ou da irresponsabilidade política.

Democratizámos o regime com a Aliança Democrática de Sá Carneiro, modernizámos o país e inserimo-nos no projeto europeu com as maiorias absolutas de Cavaco Silva, enfrentámos o desafio de contenção da despesa pública com Durão Barroso e, mais recentemente, com Pedro Passos Coelho, fomos chamados a salvar o país da quase bancarrota para que os governos socialistas o estavam a conduzir.

É certo que foram cometidos erros e que nem tudo correu sempre bem.

Mas, no essencial, credibilizámos Portugal lá fora e preparámo-lo para que outros o recebessem sempre melhor do que de cada vez que iniciámos funções governativas.

Daí, também, o orgulho que muitos sentem por pertencer (no meu caso, há mais de 35 anos), ao Partido Social Democrata, um partido personalista que concebe a política ao serviço das pessoas.
Um partido plural, com diferentes sensibilidades e tendências, desde o centro-direita ao centro-esquerda, mas com um traço comum: o reformismo político.

As eleições do passado dia 13 constituíram um bom exemplo do que é o PSD.

Houve confronto de personalidades mas não ataques que tornassem incompatíveis as relações pessoais.
Houve ideias e centenas de propostas políticas, muitas de indiscutível valor, seja na área económica ou no setor social, seja nas funções de soberania ou na política de finanças públicas.

Nessas ideias e propostas perpassa um impulso reformista, uma visão estratégica para o futuro, enfim, uma vontade de transformar e modernizar o país, tornando-o mais livre, mais justo e mais solidário.

Quem as ler de boa-fé facilmente percebe ser muito mais o que nos une do que o que nos divide. Mas o caminho da união faz-se com o esforço e o querer de todos.

Desde 13 de janeiro o partido tem um novo líder, escolhido democraticamente pelos militantes. Todos estamos e devemos estar do mesmo lado, isto é, ao serviço dos portugueses.

O país não perceberia nem nos perdoaria se colocássemos interesses de grupo ou de fação acima do superior interesse de Portugal.

Devemos honrar, por isso, o desígnio que Francisco Sá Carneiro fixou para o PSD, quando afirmou: «Propomo-nos a construir, não uma simples democracia formal, mas sim uma autêntica democracia política, económica, social e cultural. Primeiro Portugal, depois o partido, por fim, a circunstância pessoal de cada um de nós».

A circunstância pessoal de cada um de nós deve, portanto, ceder perante o interesse do PSD; e o PSD não pode senão estar ao serviço de Portugal e para isso tem de estar unido.

Como afirmou Rui Rio, «a unidade constrói-se da parte de quem ganhou e da parte de quem perdeu».

Hoje, com uma nova liderança partidária, devemos todos saber unir esforços e congregar vontades.

As divergências de ontem, saudáveis e legítimas, devem dar lugar aos consensos de hoje e à unidade de amanhã.
Essa é a condição para a construção de um projeto alternativo para o país, devolvendo o centro político ao poder, hoje ocupado por uma maioria parlamentar de esquerda e de extrema-esquerda.

Para isso teremos de explorar as fragilidades da atual governação à vista, teremos de recusar o imobilismo e o estatismo, teremos de apresentar propostas que respondam às necessidades concretas dos portugueses, simplificando a sua relação com a Administração Pública e tornando mais eficiente o funcionamento do Estado. Teremos, enfim, de mostrar aos cidadãos que servimos melhor Portugal do que aqueles que o adiam e governam apenas com o objetivo de conservarem o seu poder.

Se o não fizermos, não merecemos a herança de Sá Carneiro.

Os militantes do PSD perceberam-no e escolheram um caminho de verdade, de mudança e sem hipocrisias.

Os militantes do PSD desejam agora (e têm direito) a unidade na ação por parte de todos os responsáveis partidários.
Assim saibam todos, no partido, corresponder à vontade de mudança que, maioritariamente, o partido elegeu a 13 de janeiro. A unidade deve privilegiar a credibilidade e a solidez, em detrimento da popularidade pela popularidade, sobretudo interpares. O caminho do PSD para ganhar o país é o da credibilidade e da solidez — e não o caminho do radicalismo e da popularidade simples.

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