Um jovem de 21 anos morreu este sábado quando estava a fazer um graffiti na estação de metro de Sete Rios, em Lisboa.
Estava no telhado do edifício do Metropolitano e acabou por cair de uma altura estimada entre seis e sete metros. O acidente aconteceu à noite, por volta das 21 horas.
O homem estava acompanhado por um amigo, que imediatamente deu o alerta. Contudo, à chegada ao local, o INEM já nada conseguiu fazer e limitou-se a declarar o óbito, informou o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.
Quando o graffiti se torna mortal
A última vez que o graffiti invadiu as páginas dos jornais por motivos semelhantes foi em 2015. Um grupo de três jovens – dois espanhóis, com 18 e 20 anos, e um português, de 18 anos – foi colhido por um comboio perto do apeadeiro de Águas Santas, na Maia (distrito do Porto), numa noite de dezembro. Estavam a fazer um graffiti num comboio quando outro comboio no sentido contrário, a uma velocidade de cerca de 120 quilómetros por hora, os atropelou. No local foram encontraradas várias latas de tinta.
Como as autoridades apuraram na altura do acidente, os três jovens estariam a praticar “backjump”, um desafio conhecido pela sua perigosidade e que envolve uma atuação muito rápida. A ideia é aproveitar a janela temporal da chegada de um comboio à estação e da entrada e saída de passageiros para fazer graffities nas carruagens.
De resto, as carruagens são locais prediletos para a prática do graffiti, mas nem sempre o fenómeno tem contornos pacíficos. Em junho de 2017, a CP denunciou à imprensa a conduta violenta de vários grupos. “Não hesitam em exercer atos de violência contra a tripulação dos comboios para conseguir atingir o objetivo de vandalizar determinadas composições”, escrevia em comunicado.